Les Premiers Jours

Viajei. E cheguei. Bem. xD~

Hoje faz 3 dias que estou realmente vivendo na França e já aconteceu tanta coisa que essa segunda postagem tem o potencial de ser potencialmente grande. Vamos por partes...

A Viagem

Foram 15 horas em aviões e aerportos (Fortaleza – Lisboa, Lisboa – Paris, Paris – Bordeuaux) até chegar em Bordeaux e depois mais 1 hora de carro até chegar enfim em Périgueux. Para quem não sabe, eu viverei esse primeiro mês de agosto em uma cidadezinha chamada Périgueux no sudoeste da França com uma família francesa e fazendo um curso de francês – tudo isso para ajudar na adaptação da mudança de país. Só em setembro eu começo a estudar mesmo a engenharia em Nantes.

Além de uma turbulência mais louca no meio do Atlântico, os vôos foram tranquilos demais. Eu dormi praticamente todo o tempo no ar, só acordando para comer... No aeroporto em Paris deparei-me pela primeira vez tendo que usar o francês para obter o meu cartão de embarque e – Surpresa! – consegui me fazer entender sem maiores problemas e me comunicar com o cara da Air France sem maiores dificuldades. Cheguei em Périgueux por volta das 18:30 de domingo e fui levado para a casa da família que está me recebendo aqui esse primeiro mês, os Ferriceli.

A Família

A recepção feita pela Madame Micheline Ferriceli foi das melhores possíveis. Ela já está acostumada a receber estudantes estrangeiros (aqui já viveram croatas, japoneses, alemães,...) e é incrivelmente atenciosa e acolhedora. A família é formada também por seus filhos Vincent de 30 anos, François de 26 e Nicolas de 27 (ainda não conheci esses dois últimos) e as filhas Florence de 19 e Fanny de 17. Agora estou eu e o André aqui dividindo um quarto. Todos fazem o máximo para que estejamos confortáveis e devo dizer que famíla atenciosa assim realmente ajuda se está a tantos quilômetros do amor de sua real família.

O apartamento não é nem pequeno nem grande mas acomoda facilmente toda essa gente. São quatro quartos, um escritório, uma salle de bain (chuveiro/banheira e pia), um toillete (só o sanitário) e a cozinha. Não há uma sala de estar propriamente dita mas todos se encontram na cozinha e a conversa da casa gira em torno da mesa. O chuveiro separado do toillete é diferente e vai ser um pouco dificil de se acosumar, mas é assim que são as casas aqui. Ah, mas no quanto ao ap, duas coisas que adorei: há um piano no escritório e de pontos de internet nos quartos! Eu e o André estamos dividindo um quarto com nossas malas... nossas malas tomam metade do quarto. Mas o beliche é confortável (se liga aí na foto que a Fanny tirou da gente acordando do cochilo da tarde heiouahoeiauhe) e estou com meu laptop aqui no quarto.

Quanto à comida, até agora não houve uma refeição que eu realmente desgostasse. Não conheço quase nada do que a Mme Micheline faz, mas descobrir essas coisas novas está ótimo. E os crepes atolados de nutella são bons demais x)~~

Fiquei com mede de como seria a comunicação, mas estamos desenrolando super bem! Nas refeições eu falo com todos da casa (a maior parte do assunto é sobre Brasil/França, as similaridades e diferenças...) e nos entendemos bem. Mas acho que é porque falam mais devagar quando se dirigem a mim, porque quando dois franceses falam entre si eu posso até entender o tema da conversa, mas não entendo 100% o que eles dizem. Bem, espero que após esse primeiro mês de imersão meu ouvido se acostume.

A Cidade: Périgueux

Périgueux é uma cidade pequena. Beeeeem pequena, se comparada a Fortaleza. São pouco mais de 30.000 habitantes e dá para andar de ponta-a-ponta em menos de 2 horas. Mas é uma cidade incrivelmente charmosa, com contruções relativamente antigas e ruazinhas agradáveis de se andar. Périgueux é uma cidade turística e os turistas realmente dominam as ruas por ser verão. Já visitei construções que datam da dominação romana na região e outras do renascimento – nas próximas semanas devemos dar uma geral nos museus. A cidade é também muito cultiral e isso é ainda mais evidente no verão: essa semana está ocorrendo um grande festival de mímicos com apresentaçãos de mímicos, mágicos, palhaços, teatro e dança toda hora pela rua; e semana que vem haverá um festival de Jazz&Blues por aqui.

Destantagem da cidade pequena: nada de baladas! >/ Tem bares e pubs pelas ruas mas não há nada de mais animado para se fazer de noite. Devo visitar Bordaux algum fds para curtir essa parte aí. Todos os jovens que conheci por aqui dizem a mesma coisa: “À Périgueux n’a rien pour faire...” (Não há nada para se fazer em Perigueux). Por enquanto vou curtindo mesmo os bares e a cultura e o verão que tá ótimo! Foda mesmo é que minha casa é lá na ponta da cidade no alto de uma colina, ou seja, para ir da casa para o centro da cidade e voltar eu fico exaaaaaausto por causa da inclinação. Mas, brincando do jogo-do-contente, vou terminar o mês com as pernas bem malhadas =] heh

De boa, acho que depois de um mês aqui vamos conhecer a cidade inteira com a palma da mão e já falar com as pessoas na rua mesmo.

O Curso

Tive duas aulas do curso intensivo de francês já... Somos só quatro na sala de aula: a professora Dominique, eu, André e Paulo. Esse é o maior período contínuo que passsamos falando francês e a evolução fica bem evidente com cada aula. É também bastante proveitoso pois já conhecemos já outros dois alunos estrangeiros que estão estudando aqui – um japonês mega-timido que só fala para dentro e uma checa que vai fazer mestrado aqui na frança. As professoras do curso são também relativamente jovens e nos indicam os lugares que podemos ir para curtir o pouco que se há para fazer em perigueux.

A Saudade

Aperta mais forte antes de dormir, ao deitar no escuro do quarto e deixar o pensamento me levar de volta ao Brasil. Ou ao tocar uma música no piano. Ou ao abrir o e-mail e escutar as notícias daí. Por mais que eu saiba que é normal, ainda assim é difícil de controlar.

Minha estada aqui mal começou, mas começou bem.

Tenho pelo menos dois amigos aqui comigo, morando com uma família atenciosa, conhecendo uma cultura nova em uma cidade muito agradável. Vou tentar postar com mais frequência (pff.. bastaram 4 dias sem escrever e acumulou tudo isso aí em cima).

Frase do Dia:

“Se num jogo não há juiz, não há jogada fora da lei.” – HG