Città del Vaticano

Lógico que o plano de acordar às 7 da matina para ter todo o dia para visitar o Vaticano furou... Fui dormir às 5 e às 10 eu finalmente consegui me tirar da cama para curtir o dia.

Fomos os três de metrô até perto do Vaticano e depois andamos até a Piazza de S. Pietro. O susto com o tamanho da fila foi só momentâneo, pois vimos que, apesar de imensa, ela andava rápido. A parte chata do dia foi que o André não pôde entrar conosco no Vaticano porque ele tava com um canivete...

Agora que não haja dúvida: A Basílica de São Pedro é ABSOLUTAMENTE INACREDITÁVEL! A sua grande fachada adornada com esculturas de Cristo e seus 12 apóstolos já impressiona, mas a riqueza, beleza e grandiosidade do interior da basílica suplanta a imaginação humana. Ao entrar fiquei parado por alguns instantes tentando absorver o ambiente. Mas, após esse instante, minha atenção voltou-se imediatamente a um nicho à direita da entrada onde havia uma figura separada por um vidro e cercado de pessoas. Era a Pietá de Michelangelo. Contemplei por longos minutos a representação do corpo de Jesus inerte nos braços de sua Mãe. A fragilidade do corpo de Cristoe a tristeza no rosto de Maria e o gênio de Michelangelo tocaram-me pronfundamente. Impressionante como o mármore polido brilha e emana um triste calor.

A nave central abre-se como um grande salão contornada por colunas ricamente esculpidas ou esculturas de santos e santas. Por trás dessas colunas encontram-se diferentes tipos de nichos e capelas. Uma destas, a Cappella del Santissimo Sacramento, toda adornada em ouro com um belíssimo altar, é digna de especial atenção. Infelizmente é proibido tirar fotos dessa capela.


Ao fim da nave principal encontra-se o grande domo da Basílica de São Pedro. Esse domo, último projeto de Michelangelo antes de morrer, é impressionante tanto por fora quanto por dentro. Ao redor do anel do domo está escrito “TV ES PETRVS ET SVPER HANC PETRAM AEDIFICABO ECCLESIA”. Mas o melhor mesmo é que é possível subir até a cúpula do domo...

Assim, depois de uma hora e meia descobrindo a beleza da igreja das igrejas, eu e o Paulo visitamos as tumbas papais sob a basílica. Eu não sabia realmente de quem eram a maioria das tumbas ali, mas visitar o túmulo de João Paulo II e de São Pedro foi uma experiência pessoal especial.

Depois? Subir atééééé a cúpula do domo! \o/ Foram quinhentos e cinquenta e um (assim mesmo em extenso, para dar uma idéia da parada) degraus! Chegamos exaustos ao topo, mas definitivamente valeu a pena. Vejam só a vista da Praça de São Pedro que se tem lá de cima...





A seguir fomos visitar o Museu do Vaticano. O museu é absurdamente grande, mas como tínhamos pouco tempo (às 16:00 o museu fecha para os visitantes), praticamente corremos e não vimos muita coisa. Mas o que eu queria realmente ver estava no final do museu: os Afrescos de Rafael nos quartos papais e a Cappella Sistina. Os afrescos de Rafael são especiais, com um uso diferente da iluminação para dar diferentes efeitos. Ainda assim, definitivamente, o melhor foi deixado para o final.

Os afrescos na Cappella Sistina são, sem a menor sombra de dúvida, as mais impressionantes, poderosas, emocionantes, impactantes obras de arte que já vi na vida! O teto mostrando Adão e Eva sendo tentados e expulsos do paraíso, Caim após o assassinato de seu irmão, a arca de noé em meio ao Dilúvio e a tão famosa figura do homem quase tocando Deus ganham vida e parecem relamente estar em relevo ao olhar para o teto da capela. Já o impacto que o Juízo Final, pintado na parede da capela, causa é confuso. As cenas dos demônios lutando contra os anjos pelos humanos são belas e terríveis. Sequer tentarei descrever mais a fundo os afrescos, pois seria inutil... eh preciso ver para entender mesmo.

Post longo, mas apenas porque o dia foi muuuuito longo. E inesquecível.


Historinha rápida:
- O caminho do início do museu do Vaticano até a Capela Sistina é muuuuito longo. Eu devo ter rodado uns 3 quilômetros de sala tentando chegar à capela.
- Quando eu estávamos chegando enfim na capela, acabaram as pilhas da minha máquina! O que eu fiz? Corri até mais ou menos o começo do museu para comprar outras. Eu absolutamente precisava tirar fotos do teto da Sistina!
- Algo que eu não sabia: é proibido tirar fotos na Sistina.
- Vivendo e aprendendo...